Cirurgia Torácica Geral
Biópsias de doenças inflamatórias pulmonares mediastinais
As biópsias são procedimentos médicos utilizados para retirar pequenas amostras de tecido ou células de uma determinada região do corpo para análise. No caso das doenças inflamatórias pulmonares e mediastinais, a biópsia pode ser necessária para confirmar o diagnóstico, avaliar a extensão da doença e determinar o melhor tratamento.
Existem diferentes tipos de biópsias que podem ser realizadas, sendo as mais comuns:
Biópsia por broncoscopia: é um procedimento que envolve a inserção de um tubo flexível (broncoscópio) através da boca ou do nariz até os pulmões. O broncoscópio tem uma câmera e um pequeno instrumento que pode ser usado para coletar uma amostra de tecido ou fluido dos pulmões. É um procedimento seguro e pode fornecer uma amostra mais precisa do que a biópsia por agulha.
Biópsia cirúrgica: é um procedimento que envolve uma incisão no tórax para retirada de uma amostra maior de tecido do pulmão ou de uma massa ou tumor no mediastino. Geralmente realizado por videotoracoscopia, é também muito seguro e eficaz.
Hemoptise
Se refere à tosse com sangue ou escarro manchado de sangue do trato respiratório. Pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo infecções pulmonares, câncer de pulmão, bronquite, tuberculose, embolia pulmonar e trauma no tórax.
O diagnóstico e o tratamento da hemoptise podem envolver exames de imagem, como raios-X, tomografia computadorizada ou broncoscopia, bem como medicamentos ou outras intervenções para tratar a causa subjacente.
Derrames pleurais não-neoplásicos
São acumulações anormais de líquido na cavidade pleural (espaço entre as membranas que revestem os pulmões e a parede torácica) que não são causados por câncer. Existem muitas causas possíveis de derrames pleurais não-neoplásicos, incluindo:
Insuficiência cardíaca: o acúmulo de líquido nos pulmões pode levar a um derrame pleural.
Pneumonia: a inflamação dos pulmões pode causar acúmulo de líquido nos pulmões e levar a um derrame pleural.
Doenças autoimunes: como o lúpus eritematoso sistêmico e a artrite reumatoide, que podem causar inflamação no tecido pulmonar.
Doenças renais: como a insuficiência renal, que pode levar a um acúmulo de líquido nos pulmões e levar a um derrame pleural.
Trauma torácico: ferimentos na caixa torácica podem levar a um derrame pleural.
Infecções: como tuberculose, infecções fúngicas e virais podem causar derrames pleurais.
O diagnóstico de um derrame pleural não-neoplásico geralmente envolve uma avaliação clínica completa, incluindo história médica e exame físico, além de exames como radiografia, tomografia computadorizada e ecografia. O tratamento depende da causa subjacente do derrame pleural e pode incluir medicamentos para tratar a condição subjacente, remoção do líquido por meio de punção ou drenagem torácica, e, em alguns casos, cirurgia.
Estenose Traqueal
É uma condição em que a traqueia (ou a via respiratória principal) torna-se estreita devido a algum tipo de obstrução, o que pode levar a dificuldades respiratórias e outras complicações.
Causas: As causas mais comuns de estenose traqueal é a intubação orotraqueal prévia, e dentre outras, temos também traumas na área do pescoço, infecções respiratórias crônicas, doenças autoimunes e tumores na região torácica.
Sintomas: Os sintomas podem variar dependendo da gravidade da estenose e da causa subjacente, mas podem incluir dificuldade para respirar, chiado no peito, tosse seca e dor no peito.
Tratamento: O tratamento para estenose traqueal pode envolver desde medicações para reduzir a inflamação, tratamentos por endoscopia respiratória, com dilatações, cirurgia a laser e até cirurgias reconstrutivas para reparar a traqueia. O tipo de tratamento utilizado dependerá do tipo e da gravidade da estenose, bem como da saúde geral do paciente.
Pneumotórax
É uma condição médica em que há a presença de ar ou gases dentro do espaço pleural, que é a cavidade entre as membranas que revestem os pulmões e a parede torácica.
O tratamento para o pneumotórax depende da gravidade e da causa da condição. Em alguns casos, o pneumotórax pode se resolver por conta própria, mas em outros casos, pode ser necessário realizar um procedimento médico para remover o ar da cavidade pleural e permitir que o pulmão se expanda novamente. Em outros casos, pode ser necessário realizar uma cirurgia para corrigir o problema.
Trauma Torácico
Refere-se a uma lesão na região do tórax, que pode incluir a área do tórax, coluna, costelas, pulmões, coração, vasos sanguíneos e outros órgãos importantes nessa área.
As causas mais comuns de trauma torácico são acidentes automobilísticos, quedas, lesões esportivas e atos de violência. Os sintomas podem variar dependendo da gravidade da lesão e podem incluir dor no peito, falta de ar, tosse, tontura, sudorese e choque.
A atenção médica imediata deve sempre ser procurada se houver suspeita de lesão na região do tórax.
Hiperidrose
É uma condição caracterizada pela transpiração excessiva, além do necessário para regular a temperatura corporal. Isso pode ocorrer em áreas específicas do corpo, como palmas das mãos, solas dos pés ou axilas, ou pode afetar todo o corpo.
Tipos: Existem dois tipos principais de hiperidrose: primária e secundária. A hiperidrose primária não é causada por uma condição médica subjacente e geralmente começa durante a infância ou adolescência. A hiperidrose secundária é causada por uma condição médica subjacente, como uma infecção, distúrbio da tireóide ou diabetes.
Tratamento: As opções de tratamento para hiperidrose incluem antitranspirantes, medicamentos, iontoforese, injeções de toxina botulínica e cirurgia (Simpatectomia Torácica).
Simpatectomia Torácica
A maneira mais eficaz e duradoura de tratar a sudorese excessiva é por meio da SIMPATECTOMIA, cirurgia na região do tórax que visa bloquear a ação dos gânglios simpáticos, estruturas responsáveis por estimular as glândulas sudoríparas. O procedimento cirúrgico é realizado por videotoracoscopia, sob anestesia geral. São realizadas duas pequenas incisões na axila e no sulco mamário – de aproximadamente 5mm -, por onde são introduzidos os instrumentos cirúrgicos. Após localizada a cadeia de gânglios simpáticos, faz-se a sua cauterização, por eletrocoagulação. A cirurgia é realizada em ambos os lados e os pacientes recebem alta no dia seguinte à operação. De forma geral, o procedimento cirúrgico é considerado tranquilo, simples e favorável esteticamente.
A hiperidrose palmar, também conhecida como sudorese palmar, é quando as mãos suam em excesso. Isso pode afetar a capacidade de segurar objetos com firmeza ou escrever com caneta ou lápis, e pode causar constrangimento social.
A hiperidrose axilar, ou sudorese axilar, é quando as axilas suam excessivamente. Isso pode causar manchas molhadas nas roupas e odores desagradáveis, o que pode afetar a autoestima e a confiança em situações sociais.
A hiperidrose plantar, ou sudorese plantar, é quando os pés suam excessivamente. Isso pode causar umidade constante nos sapatos e meias, o que pode levar ao aparecimento de fungos ou infecções bacterianas nos pés.
Nódulos Pulmonares
São lesões que se formam nos pulmões. Eles podem ser benignos (não cancerosos) ou malignos (cancerosos). Os nódulos benignos são geralmente pequenos e não causam sintomas, mas os nódulos malignos podem crescer rapidamente e devem ser tratados mais rapidamente.
Existem muitas causas possíveis de nódulos pulmonares, incluindo infecções, inflamações, exposição a substâncias nocivas, como fumaça de cigarro ou poeira, e câncer. Os nódulos também podem ser descobertos incidentalmente em exames de imagem, como radiografias ou tomografias computadorizadas realizadas por outras razões médicas.
Se um nódulo pulmonar for detectado, o médico provavelmente solicitará mais testes, como uma biópsia para determinar se o nódulo é maligno ou não. Dependendo do tamanho, localização e características do nódulo, o médico pode recomendar observação cuidadosa, cirurgia para remover o nódulo ou tratamento adicional.